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A AES Uruguaiana mantém programas de monitoramento
para garantir que as atividades da
usina estejam
de acordo com as exigências dos órgãos
reguladores, de forma a minimizar os impactos ao meio
ambiente. Os monitoramentos avaliam os seguintes quesitos: |
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Águas
Subterrâneas
A termoelétrica possui outorga para captação
nos quatro poços instalados dentro da área
da usina.
O
monitoramento das águas subterrâneas,
além de ser obrigação legal
de licenciamento, configura-se de extrema importância,
devido ao fato de a captação ser
no Aqüífero Guarani, uma reserva estratégica
de água doce que desperta interesse internacional
em prol da sua conservação. A AES
Uruguaiana extrai água do aqüífero
para resfriamento em torre úmida, sendo
que um volume residual dessa extração é vertido
para a bacia do Rio Uruguai. EN20 | EN25 | EN29
Para acompanhar o comportamento da qualidade da água,
a AES realiza uma análise trimestral dos
parâmetros
físicos, químicos
e bacteriológicos dos poços. Há também
dispositivos de medição on-line do
nível da água e da vazão de
captação dos poços, com alertas
instantâneos para evitar ultrapassar o limite
estabelecido para captação. Estes
controles se justificam porque um intenso rebaixamento
do nível do aqüífero poderia
comprometer a sua recarga, refletindo, inclusive,
em um potencial processo de salinização
da água.
Em 2005, o monitoramento das águas subterrâneas
não registrou nenhuma irregularidade decorrente
da operação da UTE. EN20 |
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Referência: a outorga determina que o fluxo
máximo de vazão de captação
de água nos poços A, B e C
seja
de 280 m³/h. O poço D tem outorga para 200
m³/h. EN5 |
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Uso Eficiente da Água |
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Ao final de 2005, a AES Uruguaiana projetou
um estudo para viabilizar o reuso do efluente
no processo
industrial
e a redução
do consumo de água das instalações,
com a possibilidade de alterações no
processo industrial, aquisição de equipamentos
de controle de consumo mais eficientes e o uso de águas
residuais. O desenvolvimento dos estudos e efetiva
implantação do Programa de Uso Eficiente
da Água estão vinculados à outorga
dos poços concedida à AES Uruguaiana
e será desenvolvido entre 2006 e 2008. EN22
Os investimentos em estudos e implantação previstos pela área
de meio ambiente são de R$ 80 mil em 2006,
e de mais R$ 1 milhão
até 2008. |
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Para Saber Mais |
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Aqüífero
Guarani O sistema Aqüífero
Guarani é considerado o segundo
maior manancial de água doce subterrânea
do mundo, estendendo-se pelo Brasil, Uruguai,
Paraguai e Argentina. A extensão
do reservatório é aproximada
em 1,2 milhão de km², sendo 840
mil km² localizados no território
brasileiro (2/3 de sua extensão
total), nos estados de São Paulo,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas
Gerais e Goiás. As reservas permanentes
de água foram calculadas em 45.000
km³, o equivalente a 45 trilhões
de metros cúbicos.
Menos de 1% da água doce disponível
no mundo provém de fontes renováveis,
fato que torna o Aqüífero Guarani
uma reserva estratégica, que necessita
urgentemente de políticas de proteção
ambiental e combate à poluição.
Um dos objetivos do programa que está sendo
desenvolvido em conjunto pelas quatro nações
que o compõem é justamente
a criação de um marco de
gestão legal e institucional, visando
ao desenvolvimento sustentável do
reservatório.
Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Ambiental e Agropecuária),
o aqüífero tem recarga de 140
bilhões de metros cúbicos
por ano, mas apenas 40 bilhões de
metros cúbicos poderiam ser utilizados
para que a sustentabilidade do lençol
freático fosse mantida. |
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Águas Superficiais
A área
da termoelétrica está sobre um divisor
de águas, ficando ao centro de dois afluentes
do Rio Uruguai.
A
posição geográfica
revela uma potencialidade de interferência
nesses corpos hídricos, no caso de haver
um grande vazamento de produtos químicos
ou oleosos nas instalações. EN20
Além de manter um gerenciamento rigoroso
dos produtos químicos utilizados nas atividades
de geração,
a fim de evitar vazamentos,
a AES Uruguaiana realiza análises periódicas
para acompanhar o comportamento da qualidade da água
e detectar quaisquer alterações e
possíveis interferências na vida da
fauna aquática. A análise trimestral
abrange 36 parâmetros em 12 pontos amostrais,
distribuídos nos três corpos hídricos
que sofrem influência direta e/ou indireta
dos efluentes da usina. O Rio Uruguai recebe os
efluentes industriais da termoelétrica e
os Arroios (córregos) Imbaá e Salso
são os receptores da água de escoamento
das precipitações pluviais. Em 2005,
o monitoramento das águas superficiais não
registrou nenhuma irregularidade decorrente da
operação da UTE. |
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Efluentes
A
AES Uruguaiana realiza o monitoramento da qualidade
do efluente derivado das três correntes de
geração
na
UTE: tratamento da água,
separador de água/óleo e sanitário.
As amostragens em pontos de descarga do efluente
são feitas conforme determinação
do órgão ambiental, sendo encaminhadas
para análise em laboratório terceirizado
e licenciado. Em relação à periodicidade,
o monitoramento é subdividido em contínuo
(pH, temperatura e vazão), semanal (óleos/graxas
minerais, vegetais e animais; Demanda Bioquímica
de Oxigênio–DBO5; Demanda Química
de Oxigênio–DQO; sólidos suspensos;
sólidos sedimentáveis; cloro residual
total e coliformes fecais) e mensal, este último
abrangendo 43 parâmetros regulados pela Resolução
Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 357/2005.
Em 2005, o monitoramento dos efluentes registrou
no mês de dezembro alteração
no parâmetro nitrogênio amoniacal.
A investigação da causa desta alteração
indicou a proliferação excessiva
de algas resultante das condições
climáticas atuais da região e do
tempo de residência do efluente nas lagoas
de resfriamento. EN12 |
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Emissões Atmosféricas
Com
a finalidade de monitorar os índices de
emissão dos gases da UTE, foram instalados
dispositivos de
medição on-line da
qualidade das emissões, com alertas instantâneos
de indicação de desvio nos padrões
estipulados. O projeto da UTE contemplou um sistema
de monitoramento contínuo das emissões
de óxido de nitrogênio (NOx), gerado
no processo de queima do combustível. Além
disso, realiza semestralmente medições
de material particulado. |
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Emissões de Óxido
de Nitrogênio | NOx | EN10 |
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Referência: O máximo de concentração
de NOx permitido pelos padrões legais é 60,8
ppm (partícula por
milhão), ou 125
mg/m³ (como consta no licenciamento ambiental).
Em relação ao material particulado,
o máximo de emissão permitido é de
50 mg/m³. Os relatórios das
emissões
de material particulado da AES Uruguaiana ficaram
comprometidos em 2005, devido às várias
paradas na produção de energia por
falta de fornecimento de gás natural da
Argentina.
Em 2005, a AES Uruguaiana adquiriu um cromatógrafo,
equipamento capaz de analisar a qualidade do gás
que é queimado na termoelétrica.
O custo do aparelho foi de aproximadamente R$ 77
mil. |
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Ruídos
O
ruído gerado pelos equipamentos da usina
pode afetar a vida da comunidade circunvizinha,
caso esteja
além
dos padrões legais
estipulados. A AES Uruguaiana realizou duas séries
de monitoramento dos ruídos durante a construção
da usina e duas quando o empreendimento já estava
em operação. Como os resultados mostraram-se
dentro dos padrões permitidos, a companhia
somente fará as próximas medições
mediante solicitação do órgão
ambiental ou se houver reclamações
por parte dos moradores do entorno da usina. Os
ruídos presentes na área industrial,
principalmente entre as turbinas, impactam diretamente
os operadores, sendo necessário e obrigatório
o uso de abafadores auriculares em toda a área
industrial da UTE. EN14 |
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Além dos programas de monitoramento, a
AES Uruguaiana executa programas complementares,
como forma
de minimizar o impacto socioeconômico
ocasionado pela implantação do empreendimento.
As iniciativas são descritas a seguir: |
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Educação
Ambiental
O Projeto Pampa Charrua, desenvolvido
em parceria com o Projeto Municipal de Educação
Ambiental e o
Projeto
Sarandeio das Águas
(da CORSAN–Companhia Estadual de Saneamento)
tem como objetivo desenvolver ações
de vivências saudáveis com o ambiente
natural e social, integrando a comunidade escolar
(professores e alunos de escolas municipais,
estaduais e particulares). Entres os temas a
serem difundidos estão a questão
energética, tecnologias limpas, saúde,
segurança, uso sustentável dos
recursos naturais e da energia, entre outros.
A iniciativa vem sendo desenvolvida desde 1999.
Em 2005, semelhante a 2004, o tema abordado foi “Vida
Saudável na Terra”, sendo realizadas
as seguintes ações:
– Seminário de formação
continuada de professores e alunos em Educação
Ambiental: “Vamos cuidar do Brasil com
as escolas”, com 100 participantes.
– Dia D—com duas palestras “Educação
Ambiental e o Cotidiano Escolar” e “Educação
Ambiental e a Interdisciplinaridade”, totalizando
680 participantes.
– ECOARTE—39 apresentações
artístico-culturais, abrangendo 33 escolas. |
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Reflorestamento Bem-Sucedido
A
AES Uruguaiana efetuou o plantio de 15 mil mudas
de espécies nativas, totalizando 8,4 hectares
de área,
a
fim de compensar o corte na vegetação
para a instalação da linha de transmissão
de 230 kV entre a usina termoelétrica e
a subestação Alegrete 2. O local
escolhido foi a área localizada ao lado
da usina termoelétrica. EN6
A legislação ambiental exige o plantio
de 15 mudas para cada árvore cortada, o
que totalizou 13.365 árvores,
em área
de 5,5 hectares, até dezembro de 2003. Durante
quatro anos—de 1999 a 2003, a companhia
fez várias tentativas de plantio, enfrentando
muitas dificuldades em relação ao
perfil do solo, temperatura da região, entre
outros aspectos. Após tomar vários
cuidados, como a seleção das espécies
melhor adaptadas e a recomposição
das cercas danificadas para evitar a entrada de
animais, o reflorestamento obteve sucesso. A AES
Uruguaiana atingiu com sobra o número requerido
pela medida compensatória. Esta condicionante
obteve, em março de 2004, anuência
(aprovação) do Departamento de Florestas
e Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul.
Apesar dos problemas enfrentados, o programa de
reposição florestal obteve resultados
positivos para a
companhia, no sentido de aprendizado
para o desenvolvimento de novas ações
no futuro, enraizadas no conceito de responsabilidade
socioambiental. |
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Área Reflorestada
poderá virar Jardim Botânico |
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A área com 15 mil mudas plantada pela
AES
Uruguaiana pode tornar-se o primeiro Jardim Botânico
Municipal de Uruguaiana, local com potencial de
lazer da comunidade e incentivo à educação
e pesquisas referentes à conservação
do meio ambiente.
No projeto, ainda em estudo pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Prefeitura
Municipal,
a
termoelétrica cederia o local em forma de doação
ou comodato— empréstimo gratuito que deve ser restituído
no tempo
convencionado. A responsabilidade e os recursos financeiros para a coordenação
e manutenção da área ficariam sob responsabilidade da prefeitura.
A AES Uruguaiana investe nessa parceria, como uma rica oportunidade de aprimorar
sua integração com a comunidade. |
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Unidade de Conservação
| EN27 |
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Devido à construção da
UTE e em cumprimento à Resolução
do Conama 02/96,
a
AES Uruguaiana
comprometendo-se
em destinar recursos de compensação
ambiental à Unidade de Conservação
(UC) Parque Estadual do Espinilho, no município
de Barra do Quaraí (RS). Para a execução
e gerenciamento das medidas propostas em um plano de
ação, foi firmado um Termo de Compromisso
entre a AES Uruguaiana e a SEMA/RS, sob intervenção
do IBAMA/DF.
O Parque Estadual do Espinilho foi criado em 1975 com uma área aproximada
de 276 hectares, sendo
posteriormente ampliado para 1.617,14 hectares, em 2002.
A falta de regularização fundiária da UC dificultou a proteção
efetiva do local ao longo dos anos. Com investimentos superiores a R$ 2,5 milhões
até o final de 2006, a AES Uruguaiana irá contribuir com a implementação
efetiva do parque, cumprindo com o objetivo de proteção da formação
vegetal composta por espinilhos (Acacia caven) e inhanduvaís (Prosopis
nigra e Prosopis affinis), espécies de ocupação restrita
ao extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, bem como a outras espécies da
flora e fauna do ecossistema local. A Unidade de Conservação também
tem a finalidade de proteger os recursos hídricos; promover a conscientização
sobre a importância da preservação da biodiversidade e dos
recursos naturais; favorecer o ecoturismo e o lazer, promovendo o uso sustentável
dos recursos. O manejo do parque é realizado pelo Estado, com o auxílio
constante da fiscalização da Patrulha Ambiental da região. |
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