A AES
Eletropaulo
apresentou aumento
no
consumo total
de energia em
sua área
de concessão
(clientes cativos
e livres) de 3,3 %.
O percentual é inferior à média
nacional de 4,5 %,
de acordo com
dados da
Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), uma vez que sua área
de concessão é
formada por um mercado maduro, no
qual o consumidor já dispõe
de amplo acesso à energia.
Foram cadastrados 150 mil novos
clientes no ano, fruto do crescimento
demográfico
e das estratégias comerciais
para combater o consumo irregular
e regularizar as
ligações
clandestinas. A AES Eletropaulo
finalizou o ano de 2005 com 5,3
milhões de
clientes cadastrados,
conforme gráfico a seguir:
Consumidores
Cativos
Milhões
A
Companhia distribuiu para o
mercado cativo 31.634,1 GWh
de energia em 2005
(excluindo o consumo próprio),
montante 3,2 % inferior aos 32.667,6
GWh do ano anterior.
O desempenho de 2004, no entanto, está inflado
por conta de acordos de recuperação
de fraudes contabilizados em abril daquele ano,
que geraram receita extra de
R$ 58,4 milhões, correspondente a 213.611
MWh de energia distribuída.
Expurgado esse impacto, o consumo cativo de 2005
apresentou queda de 2,5 %
se comparado ao ano anterior e crescimento de 9,9
% na receita.
Essa retração é fruto,
principalmente,
da migração de 71 unidades consumidoras
para a modalidade Livre e
dos programas de eficiência
e racionalização no
consumo de energia.
Comparação
do Consumo em GWh Não Considera Consumo
Próprio
Clientes
Residenciais
As vendas de energia para a classe residencial
no ano ficaram 5,4 % acima do total
comercializado
em 2004, conseqüência
da reclassificação de clientes industriais
e comerciais que não apresentaram CNPJ regular
para a classe residencial,
da
recuperação gradativa de hábitos
pré-racionamento e da melhoria da renda
e do
nível de emprego na Região Metropolitana
de São Paulo no segundo semestre de 2005.
Clientes
Comerciais
O volume de energia fornecido para clientes comerciais,
em 2005,
apresentou
acréscimo de 1,7 % em relação
a 2004.
A evolução reflete,
em especial,
o aumento da renda e a melhora no
nível de desemprego,
que impulsionaram as
vendas no comércio de São Paulo,
segundo dados da
Pesquisa Mensal do Comércio,
realizada pelo IBGE.
O crescimento não foi mais forte devido à migração
de unidades
consumidoras cativas para a modalidade livre.
Clientes Industriais
O consumo de energia da classe de clientes industriais
sofreu redução
de 12,6 % em 2005, devido, principalmente, à migração
de 38 unidades
consumidoras cativas para a modalidade Livre.
Outros Clientes
A classe Outros Clientes, que inclui consumidores
rurais, iluminação pública,
poderes públicos e tração
elétrica, apontou redução
de 21,4 %, em razão da
forte migração de empresas do serviço
público para a categoria de Clientes Livres.
No ano, 23 unidades consumidoras de três órgãos
públicos (SABESP, CPTM e
Companhia do Metropolitano de Transportes) passaram à condição
de livres.
Também colaborou para esse desempenho a
substituição, na iluminação
pública,
de antigas lâmpadas por novas que consomem
menos energia.
Clientes Livres
Com 71 unidades consumidoras deixando o mercado
cativo em 2005,
o
número de clientes livres na região
da AES Eletropaulo cresceu para 139.
Paralelamente, a Companhia prosseguiu com seu plano
de fidelização de
Clientes Potencialmente Livres, baseado nas seguintes
atividades:
—Intensificação de visitas
a clientes;
—Venda de energias interruptíveis;
—Negociação de contas com créditos
de ICMS;
—Projetos de eficiência energética;
—Plano de benefícios (Gerenciamento de Carga
e Manutenção Preventiva); e
—Realização de workshops sobre o mercado
de energia livre e energias especiais.
Como resultado do trabalho desenvolvido, a Empresa
renovou 43 contratos no ano.
Clientes
Cativos X Livres
% Consumo Total na Área de Concessão
em 2005 | Base: 36 499 GWh
Embora não
estejam de clientes,
os consumidores
da categoria
Livre também contribuem
com o faturamento. Esses clientes não
adquirem energia
da Empresa, mas remuneram
a Companhia por meio
da TUSD – Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição,
responsável pela recuperação dos encargos setoriais, custos operacionais da distribuidora,
impostos sobre a receita e remuneração do capital próprio e de terceiros.
Em 2005, a cobrança da Conexão
e do Uso do Sistema de Distribuição
representou
faturamento
de R$ 312,0
milhões, com aumento de 132,1
% em
relação aos
R$ 134,4
milhões apurados em 2004.
Esse acréscimo é conseqüência
da elevação
de 81,9 %
no faturamento da Conexão
e do Uso do Sistema de Distribuição
de clientes livres,
em razão
de dois fatores:
o aumento do número de consumidores
que optaram por
essa condição
e o
aumento do consumo daqueles que
já se enquadravam na categoria.